Sociedade anônima de futebol

No final de 2021, Ronaldo Fenômeno e John Textor, um investidor Norte-americano, adquiriram respectivamente, as ações do Cruzeiro e do Botafogo. Mas essa compra, só foi possível com a constituição de uma SAF em ambos clubes, com isso, este termo ganhou grande exposição da mídia. Nessa linha, vamos desmistificar e explicar um pouco mais sobre o termo SAF; Sociedade Anônima de Futebol.
Converter-se em SAF significa que, basicamente, o clube passou a funcionar como uma empresa. Ou seja, caracterizado por uma gestão mais profissional, onde possui obrigações mais rígidas.
Nesse sentido, analisamos algumas das consequências para os clubes que optam por adotar essa estratégia. Em decorrência do profissionalismo necessário para a gestão, a tendência é que haja uma maior credibilidade acerca das escolhas e da maneira que é administrado o capital, assim, espera-se que seja formado um cenário propício a atrair mais investidores e patrocinadores, proporcionando uma valorização da marca.
Em contrapartida, registram-se também alguns pontos negativos nessa estratégia. Em função do fato que o clube passa a ter obrigações mais formais e rigorosas, tolerâncias quanto ao prazo de pagamento de passivos deixam de ser frequentes, como é observado no futebol hoje em dia, principalmente no Brasil. Ademais, há também outros aspectos que podem afetar diretamente os torcedores, como a questão da perda de identidade, nos casos em que a empresa solicita a troca de escudo ou cores do time. Além do fato de que as escolhas dos gestores, passam a ser de responsabilidade total da área corporativa do clube, e não mais a partir de votações realizadas por sócios torcedores, como vemos em muitos clubes no Brasil.
          Consta-se também, que diante do acúmulo de dívidas observadas em clubes como Botafogo e Cruzeiro, a estratégia de se convergir em SAF, passa a ser ainda mais plausível, visto que, é um mecanismo que deve agir de maneira a fazer com que o clube aumente sua capacidade de gerar receita e, logo, lidar com suas obrigações financeiras.
          Enfim, você leitor, gostaria de ver seu time do coração funcionando como um clube empresa?
 
Luiz Eduardo Toledo
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