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Textos, artigos e outros conteúdos esportivos desenvolvidos pela equipe de Pesquisa & Desenvolvimento do Insper Sports Business, e validados por membros do conselho da entidade. Os temas giram em torno de gestão esportiva e aspectos financeiros. Para isso, os membros passam por capacitações de professores ou profissionais da área.

O Polêmico uso do Assistente de Vídeo no Futebol

18/5/2018

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​A tecnologia nos esportes já não é algo novo, tendo sua primeira aparição com o intuito de ajudar a arbitragem em 1986, com o Instant Replay na NFL, liga de futebol americano, porém foi deixado de lado rapidamente e com a melhora dos recursos disponíveis voltou à ativa em 1999. Outros esportes também usufruem da inteligência artificial, como o críquete, o tênis - com o Desafio desde o final da década de 2000 -, e o vôlei com o Hawk-Eye - parecido com o Desafio do tênis -, a partir do Mundial de Clubes de 2012. No futebol, a primeira aparição do avanço da tecnologia foi também em 2012, com a tecnologia da linha do gol no Mundial de Clubes da FIFA e sendo usada hoje em dia nos principais campeonatos do mundo, algo que teria evitado erros colossais como o gol mal anulado de Lampard na Copa do Mundo de 2010. Entretanto, o impasse sobre a mais nova inovação do futebol, o VAR - Video Assistance Referee -, está gerando muita polêmica e dividindo opiniões, não só no Brasil, mas também no mundo inteiro.

Um dos grandes impasses que fomentam a discussão sobre a implementação do VAR é o custo que ele ocasionará aos cofres dos clubes, confederações e da entidade máxima do futebol, a FIFA. No Brasil, segundo a CBF, a efetivação de tal sistema no Campeonato Brasileiro geraria um custo de R$ 20 milhões, sendo repassado aos clubes no valor de R$ 1 milhão para cada. Esse preço é considerado um dos mais caros no mundo. Já no Velho Mundo, onde o VAR é mais comum, Portugal e Itália destacam-se por possuir os valores mais baixos entre as ligas que usam essa operação, sendo eles R$3 e R$6 milhões, respectivamente. Na Copa do Mundo, segundo os membros da FIFA, estima-se inicialmente que o valor total para a implementação do árbitro de vídeo nos 64 jogos é de apenas R$ 2,2 milhões.

Para diminuir estes custos, a FIFA está estudando a possibilidade de patrocinadores para o VAR, com eles aparecendo somente em momentos em que o sistema fosse acionado. Porém essa estratégia de ganho de receita da entidade está divergindo opiniões, pelo fato de que tais patrocinadores não teriam a garantia de aparecer nas televisões do mundo inteiro. Dessa forma, para evitar a possibilidade de que o VAR seja usado em momentos inoportunos e retarde a partida, ponto que já é uma crítica ao uso dessa tecnologia, a preferência de muitos é que a FIFA arque sozinha com seus custos.

Outra crítica é em relação a quanto os espectadores ficam a par do que está ocorrendo, já que em todas as vezes em que o VAR foi utilizado, somente o árbitro teve acesso às imagem, porém esse problema está parcialmente resolvido, pelo menos na Copa, onde os telões mostrarão para o público que o sistema está sendo utilizado, além do replay do lance, se assemelhando ao que ocorre no vôlei e no tênis. 

Ele também está sendo questionado por conta de que as partidas teriam muitas paralisações e retardaria o jogo. Em um relatório da IFAB (International Football Association Board), órgão que regulamenta as regras do futebol, que analisou 804 partidas com quase 4000 lances para possível reavaliação, foi constatado que nas vezes em que o VAR foi utilizado, a média de tempo da revisão dos lances foi de somente 60 segundos com uma mediana de 20, mostrando que mais da metade dos lances demoram menos que esse respectivo tempo e representando em média menos de 1% de perda do tempo total de jogo. Assim, conclui-se que, pelo menos em relação ao aproveitamento do jogo, a tecnologia não afeta tanto, como alguns defendem.
​

Com a IFAB adotando desde março desse ano o VAR como a mais nova regra do futebol e com a FIFA já confirmando o sistema na principal competição do mundo da bola, a tendência é de que ele passe cada vez mais a ser utilizado mundialmente. Mesmo com a UEFA sendo contrária a essa tecnologia e os clubes da Premier League tendo votado contra o seu uso, nos últimos dois anos a utilização do VAR só cresce, sendo usado em 9 ligas - Estados Unidos, Austrália, Bélgica, Alemanha, Itália, Coréia do Sul, Portugal, Polônia e China - e tendo mais 4 confirmadas para a próxima temporada.

Erik Ashauer 
Administração, Insper
João Guilherme Coelho
Engenharia Mecânica, Insper
Matheus Meyerfreund
​Economia, Insper
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